Eficiência ou morte!

Após duas décadas de crescimento quase ininterrupto do PIB, o Brasil foi elevado à condição de um dos mercados mais importantes e estratégicos, não só para empresas nacionais mas também para muitas multinacionais estrangeiras.

Tal desenvolvimento favoreceu quase todos os setores da economia, beneficiados pelos inegáveis aumento e distribuição de renda, gerados principalmente nos últimos 12 anos. A construção civil não foi exceção e contou, ainda, com impulsos extras, resultantes dos investimentos em obras públicas e, na área imobiliária, do aumento de crédito ao consumidor e programas de financiamento à moradia popular como o Minha Casa Minha Vida.

Mas os ventos mudaram. Não se sabe por quanto tempo ou com que intensidade, porém não há sombra de dúvidas de que o próximo período da economia brasileira será recessivo. Até mesmo o ministro da fazenda, Joaquim Levy, já admitiu um “possível” recuo na atividade econômica em 2014 e reconheceu que em 2015 também teremos crescimento negativo.

E, com isso, o jogo virou completamente, restabelecendo de maneira determinante a relação de forças entre comprador e vendedor. Se os tempos de demanda super aquecida mantinham um certo equilíbrio de forças entre os dois lados, em determinados casos até com algum favorecimento a quem produz e vende, agora quem manda é o comprador.

Esta nova realidade está obrigando as empresas a fazerem duros ajustes. Elas estão sendo forçadas a buscar ainda mais eficiência, combinada com eficácia. A expressão de ordem é “fazer mais com menos”. E quem não provar ser capaz de realizar cortes de custos sem comprometer ainda mais a capacidade de gerar negócios, estará correndo sérios riscos de não sobreviver.

Neste contexto, para que os esforços não tenham efeito contrário ao desejado, como um tiro no pé (ou em alguns casos na cabeça mesmo), tornam-se ainda mais importantes e recomendáveis as tarefas de estudar o mercado de maneira profunda, recorrer a dados e analisa-los fazendo uso de ferramentas e metodologias que diminuam a subjetividade e garantam decisões mais consistentes e coerentes.

Pelo menos para aqueles que preferem contar mais com o juízo do que com a sorte.

Eficiência (com eficácia) ou morte!

 

Por Gui Torres em Revista Revenda | Setembro 2015

LEAVE A COMMENT